sábado, abril 10, 2010

Um momento de emoção.



A cada dia meu jardim interior floresce, sinto brilho em meu olhar.
Tudo parece belo e inquietante, como se amar fosse prazer e dor.
Olho para mim mesma e não me reconheço, na mulher plena que está diante de ti.
E lamento cada hora perdida na busca dessa vivência conjunta tão instigante.
Nas inúmeras horas que vivi sem ti, não te conhecendo.
Menino, criança, homem, amor, qual será teu real nome?
É tudo tão novo e intenso quanto a aflição das horas sem ti...
Teu sorriso lindo, tão espontâneo, teu cantar, tua dança envolvente...
Onde está a sensatez ou o medo que sempre nos aconselha a fugir dos reais sentimentos?
Como querer ter a vontade de fazer coerência cartesiana em meio a tanta emoção?
Cada momento vivido é uma cápsula de tempo guardada dentro do livro áureo da existência.
É possível fugir do amor? É possível fugir deste especial amor?
Se é assim, como entender tanta beleza na poesia e na música das grandes lembranças?
Amar-te assim me traz renovação e esperança.
A certeza de que viver pode ser tão surpreendente, diferente de tudo já vivido.
Revertendo a lógica das condições pré-estabelecidas e dos modelos aprovados.
Sim, com certeza quero cumprir esse sonho absurdamente real,
Que me faz renascer a cada dia, que rejuvenesce a mulher e a transforma em menina, criança, adolescente...
Mesmo sabendo que o temível momento da razão vai chegar e me fará refletir
E então, tristemente concluir que por mais belo e puro o sentimento,
Não somos livres nem suficientemente fortes para quebrar as barreiras do tempo e da lógica da vida.
E que não temos o direito de ter para si o que não está destinado para ser nosso!
E te ver partir sem nada poder fazer, senão transformar esse amor.
Guardá-lo encantado dentro de mim, intacto, mas sem poder agir.
Pois esse é o verdadeiro e puro amor

Diana Esnero

Incoerências

Incoerências

Um pedaço de mim morre a cada dia com a tua ausência, desde a tua partida
Essa mesma parte de mim chora, grita e os danos são visíveis a olho nu
Sente as dores guardadas nas entranhas, não se satisfaz em sentir apenas os gozos em lembranças
Desespera-se quando o pensamento da razão insiste em demonstrar que não os terá mais
Essa porção de mim quer ver-te novamente meu, por escolha, se é que o fostes algum dia
Teimosamente quer pensar assim, necessita como de ar, não concorda em pensar que foi somente ilusão à toa
No entanto, outra parte de mim, mais realista e sem sonhos, desperta e clama, insistente, quebra meu corpo
E me aponta, com dor, sem dó, como lanças em fogo, que não houve compartilhamento
Atores de uma mesma peça? Não, diz essa voz inclemente, por mais que tenha sido encenada
E tão bem representada, a confundir a visão com o primor dos desempenhos, excelentes, magistrais!
Porém quem administra o querer? Quem domina a vontade de reviver?
Ainda que as personagens tenham sido irreais, apesar dos danos colaterais, das chagas abertas pelo fórceps que usaste
Eu te quero outra vez, para um amor de vida inteira, mesmo que essa vida seja breve
Como saber quanto vai durar a temporada de cada peça, de cada parte de nossas histórias?
Afinal contar os tempos de amor, por quê? Só loucos pela lógica o fazem.
Eu não tenho medo de um sentimento remendado, pois me assusta mais o coração vazio e solitário, carente de amor, sem um canal direto
Paradoxal, posso até ser, incoerente, talvez, mas tão somente quero sentir a vida pulsar e não amortecer.
Preciso pertencer, sofrendo, amando, estarrecendo, todavia, vivendo.

Diana Esnero

Escrever como Vida!


Escrever tem sido um alívio para tantos sentimentos e mágoas que somos obrigados a absorver, de forma consciente ou não, a cada dia. Os acontecimentos diários, sejam ligados diretamente a nós ou não, ocorrem de forma avassaladora e não temos como escapar dessa torrente de informações que acumulamos, sob pena de virarmos pessoas dissonantes de seu tempo.
Acredito firmemente que todos querem amar e ser amados, sentirem-se queridos por amigos e pessoas próximas. Uma pessoa em sua sanidade normal não ser deseja ser odiada ou lembrada por suas qualidades negativas. Mas há gente que, de forma volitiva, consciente, procura sempre tornar os acontecimentos em que pode influir e que interferem na vida de outros um processo de dificuldades e dores. O que as leva a agir dessa forma?
Não sou psicóloga e nem é essa a abordagem que quero promover. Sou apenas uma atenta observadora. Sempre fui assim, desde jovem. Mas não deixo de admitir que à medida que os anos passam essa prática se efetiva com mais acuidade e intensidade. Até porque o tempo disponível para tal exercício de vida passa a ser um aliado.

Diana Esnero

Não é possível esconder


"O teu olhar conhece todos os meus segredos e ao buscar, tão ansioso, esses meus caminhos, esquece o cuidado na emoção e assim revela todos os teus" 

Diana Esnero

Esse teu olhar


Esse teu olhar molhado e intenso me queima por inteiro,
sinto rubores e calafrios, paradoxalmente, muitos medos e desejos.
Enviam esses olhos doces tantos recados, intensos, puros e desavergonhados.
Mas eu, mulher tola, paraliso e penso, penso e paraliso, permaneço estática na sensação...
E pensando tanto assim perco o nosso rumo, a beleza do nosso momento que se esvai.
Que não permito espontaneamente acontecer, expulsando a felicidade.
Torno cativa a emoção, aprisiono covardemente o impulso pleno na razão.
Apenas e tão somente por tanto medo de amar!
Diana Esnero

Quando não há como voltar

Quando não há como voltar

Não é possível dominar o seu coração. E se alguém acha que pode fazê-lo, tome muito cuidado com os lugares por onde o deixa andar...
É verdade que ao sairmos da vida de alguém que um dia amamos, desejamos ter marcado a nossa presença, ser qualificada como especial. Mas nem sempre isso ocorre e mesmo que achemos injusto ou estranho, temos que aceitar sem mágoas e seguir em frente!
Diana Esnero

sexta-feira, abril 09, 2010

A população do Rio de Janeiro exige gestão responsável!

Com a tragédia das chuvas no Rio de Janeiro e especialmente Niterói, com um número absurdo de mortes e pessoas que perderam tudo, uma reflexão desapaixonada se faz necessária. Não adianta tentar procurar os culpados, sejam do passado ou do presente. É hora de arregaçar as mangas e entender que cargos políticos do Executivo, como o próprio nome o diz, são destinados à gestão dos recursos arrecadados em impostos, recebidos de royalties, repasses da União, financiamentos, etc. visando à melhoria das condições de vida do povo. Surgem agora evidências de estudos anteriores e alertas sobre as regiões afetadas. Vamos pensar em agir, deixar as acusações e culpas de lado, visto que a população não pode mais esperar. Acabou o momento de discussão política estéril, de contendas entre os vários partidos políticos, chegou a hora de AGIR em prol do povo do Estado do Rio de Janeiro, principalmente o das regiões mais atingidas. Chamem os técnicos que entendem do assunto, engenheiros, geólogos, todos os que forem pertinentes à resolução do impasse. O povo não agradece, o povo exige!
Diana Esnero

Artesãos da palavra e do sentimento

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade... sei lá de quê!"

FLORBELA ESPANCA

Rio de Janeiro, Maravilha!

Rio de Janeiro, Maravilha!
O sol se pondo e o Morro Dois Irmãos ao fundo! Beleza!

Meu papel de parede!

Meu papel de parede!