sexta-feira, agosto 29, 2008

Não adianta mesmo!


Você pode até mesmo me proibir de lhe ver, telefonar ou enviar e-mails,

mas nunca poderá impedir que eu saiba a verdade da sua renúncia,

do seu abandono covarde e sorrateiro.

E é essa certeza que entristece,

pois ainda tão jovem fugiste,

de uma relação completa e intensa,

morrendo de medo de se machucar.

Infelizmente você só sabe amar se idealizar,

se não concretizar.

E assim, como um menino,

infantilmente,

joga a vida no ralo da insuficiência de reais emoções...

Diana Esnero

Momento


O meu mundo atual é do tamanho de uma ostra
Pequeno, apertado, por vezes sufocante...
Mas pergunto a mim mesma, como se não soubesse a resposta: 
Onde está a pérola tão preciosa?

Danço nos pensamentos, giro e dou saltos incríveis.
Contudo não pensem que é uma dança de alegria 
É apenas um ritual, já cansativo, 
Tão somente um redemoinho de aflições, de angústias, de saudades indizíveis...

Eu não deveria, o racionalismo teima sempre em me avisar,
Perder-me nessas divagações de dor e lembranças, 
Pois eu sei que faz mal, muito mal.
Porém como apagar as delícias intensamente vividas
E o terror da ausência e abandono que veio logo depois?

Cada ser humano é dono de sua mais íntima individualidade
Seja alegre, reluzente, sombria, desesperada.
Ninguém pode questioná-la se tal não prejudica aos demais
Urge aceitar a emoção, a paixão, a saudade e a tristeza...

Até mesmo numa sociedade tão perversa e dispersa de si,
Onde as emoções genuínas, descuidadas do obrigatório teatro protocolar,
São imediatamente rechaçadas ou mesmo ignoradas, 
Configuradas em alguma patologia racional, Eu peço: Socorro!

Dói muito se saber sensível num mundo dominado pelos hipócritas
Coitados, medrosos de si mesmos, apavorados com a iminência de uma brasa, 
Que lhes consuma por completo a tão cultivada razão, frágil, 
Que pode defender sim, na couraça, mas ataca no mais íntimo, nas entranhas sem defesas

E a ostra se mantém teimosa, sem revelar a pérola, sem conceder o indulto, 
Da dor do amor tão intensamente vivido e sofrido
Apagando de vez os seus rastros, profundamente marcados...
Para que a dor ao menos se torne suportável, em forma de lembranças de vida.

São esses momentos, de total abandono da alma, que precisam ser cuidados
Ah! Que seria de nós se não houvesse a genuína fé, 
a graça indizível a nos impedir de desesperar na busca 
do que nos fez e faz tanto estrago, do que não constrói...

O que seríamos nós sem o nosso Deus?
Pois é Ele, somente Ele, quem sustenta as nossas esperanças!

Diana Esnero

Pensando...sempre...


Por mais que existam antídotos,
Por mais que se saiba que o tempo suaviza as dores,
A dor de amor, no primeiro momento, da consciência da perda, é insuportável.
A percepção de que o sujeito do amor embora se foi,
optou por outro caminho que não o seu,
Nos deixa com a garganta seca, com um nó no estômago, um soco da vida, brutal!
Guardar dentro de si a dor, esperar em Deus, mas sem deixar de conceder o perdão.
Esquecer e lembrar, sorrir e chorar, mas nunca, jamais, deixar de sentir...
Diana Esnero

segunda-feira, agosto 25, 2008

Constatação!


Um dia, assim do nada, sem qualquer aviso de chegada ou sequer um prenúncio, uma linda flor brotou no meu jardim. 

E eu, que já não mais acreditava que flor assim tão bela e singular, com tanto frescor, 

ainda pudesse germinar em mim e para mim, não quis, a princípio, acreditar. 

Só podia ser uma ilusão da vista cansada de tantas lutas 

e da triste e doída lembrança de algumas poucas flores desfolhadas e perdidas no passado. 

Mas ali, na minha frente e com total perplexidade, 

a haste forte, rija, sustentava 

o mais lindo girassol que pude vislumbrar!


Diana Esnero

Artesãos da palavra e do sentimento

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade... sei lá de quê!"

FLORBELA ESPANCA

Rio de Janeiro, Maravilha!

Rio de Janeiro, Maravilha!
O sol se pondo e o Morro Dois Irmãos ao fundo! Beleza!

Meu papel de parede!

Meu papel de parede!