sexta-feira, julho 30, 2010

Meu Homem


Meu Homem
É no teu corpo morno e viril que sacio todas as minhas agonias e vontades
Eu sei que ficas, por vezes, assustado, com minha volúpia, com a força da minha sofreguidão, os olhares que te inflamam
Com a intensidade dos mergulhos sensuais e sôfregos que dou no teu remanso
Buscando acender ainda mais teus fogos, minar por completo tuas possíveis cautelas e oscilações,
Querendo tão somente a tua companhia por inteiro em nosso mergulho de amor e paixão incontida
É doce morrer no mar, dizia o poeta cantante, porém muito mais saboroso, bem mais agradável e excitante
É morrer de desejo nos teus abraços, afundar-me nos beijos em teus ombros, na tua nuca, descer pelo teu dorso por inteiro, cada parte tua
Perceber e gostar tanto de sentir que a minha pele feminina lisa e macia, quase se machuca no roçar dos teus fartos pelos masculinos,
Sim, há dias de guerras de amor em que ambos saímos vencedores, exaustos, trêmulos, mas infinitamente felizes
Gostoso ver que me entendes e não te assustas, que sabes dos dias especiais em que ocorrem incêndios nas matas
Que o sentimento se transmuda em energia vital que precisa de expansão imediata em ti, na pessoa querida e desejada
E juntos, alegremente, ora em gestos ousados de toureiros, ora voleios de bailarinos,  
Por vezes suaves, noutras intensos, juntamos nossos corpos, nossas existências, nossas pendências
Na delícia da aberta troca de eflúvios, que farão nossas vidas bem mais prazerosas, momentos inesquecíveis e indizíveis
Sim, essas ocasiões transcendem o que sabemos do tempo, das razões, dos freios idiotas e dos receios infundados
E, tão belo e pulsante, naqueles momentos eu sei e tu compreendes da mesma forma, somos mais do que dois, do que seres mortais, somos NÓS!

Diana Esnero

terça-feira, julho 27, 2010

Sonhos da Noite



Sonhos da Noite

Em cada sonho inesperado, no andar da noite, uma memória interrompida que precisa entrar. É sempre assim, sem a polícia atenta do consciente, as ondas de recordações e vontades sufocadas vencem todas as resistências e afloram, vitoriosas, perpassando todas as cenas, cada uma, bem devagar. E não adianta lutar, pois estamos imersos nos doces mistérios da sonolência, os quais não podemos alcançar. Por vezes acordamos, seja um barulho mais crítico ou uma necessidade do corpo e tentamos, dependendo do tema, forçar a continuidade ou apagar de vez o que nos deu sobressaltos desagradáveis de momentos dispensáveis de nossa história.
No entanto, é preciso sonhar, sempre, qualquer sonho, pois nossa mente necessita de escapes, especialmente os noturnos, quando as vigílias se afrouxam e tudo ou quase tudo é permitido para que a alma se expanda e forje suas vontades mais escondidas. Sempre me perguntei de onde vêm os sonhos, qual será o grande mistério que os envolvem, como fazem para derrotar nossas pretensões de controle, quais mecanismos de nosso cérebro os selecionam para virem de forma tão surpreendente como surgem?
Por vezes somos surpreendidos por personagens que há muito estavam ausentes de nossas reminiscências, algumas doces visitas do passado, outras, arrepios de lembranças mal findadas, pedaços que arrancamos de nossas idéias, a fórceps, para não doer ainda mais. E quantas vezes a surpresa se instala, ao lembrarmos, acordados, que no sonho recém desperto, os fatos ocorreram exatamente como queríamos, mudando o curso da biografia, concretizando as mais infundadas esperanças.
Sim, é preciso sonhar, mesmo quando nos sobressaltamos, mesmo quando não há romance ou final tão feliz. Nesses momentos, creio eu, empiricamente, o nosso encéfalo talvez queira nos forçar a admitir verdades não aceitas, narrativas que foram cortadas pela defesa de nossos controles mais severos.
Preciso sonhar, sempre, a cada dia, para que o caminhar seja sempre interpretado, querendo eu ou não, admitindo que existam forças que desconhecemos, guardadas dentro de nós, a nos alertar sem qualquer aviso ou pedido de entrada, demonstrando apenas e tão somente que não somos os comandantes supremos nem mesmo de nossos pensamentos mais profundos.
Diana Esnero

Artesãos da palavra e do sentimento

"O meu mundo não é como o dos outros, quero demais, exijo demais, há em mim uma sede de infinito, uma angústia constante que nem eu mesma compreendo, pois estou longe de ser uma pessimista; sou antes uma exaltada, com uma alma intensa, violenta, atormentada, uma alma que não se sente bem onde está, que tem saudade... sei lá de quê!"

FLORBELA ESPANCA

Rio de Janeiro, Maravilha!

Rio de Janeiro, Maravilha!
O sol se pondo e o Morro Dois Irmãos ao fundo! Beleza!

Meu papel de parede!

Meu papel de parede!