Um erro: a partidarização das organizações representativas de classe!
Esse é o grande problema das manifestações de classe. Não se deixar macular pelo viés político. Os dirigentes de uma categoria profissional NÃO devem, no exercício pleno de suas atuações em prol das reivindicações da classe que representam, relegar o Essencial – A LUTA PELA MELHORIA, seja salarial ou de condições de trabalho – pelo viés político, pela sedução de servir a qualquer poder, o vigente ou o que pretendem que seja.
Se isso ocorrer, se houver a partidarização da luta, o dirigente perde a condição de representar toda uma classe, pois ela é composta por milhares de pessoas que têm opções políticas diferentes ou até mesmo não as possuem, preferem o apartidarismo. E essas pessoas, especialmente os professores, que são pessoas intelectualizadas não vão, certamente, assentir em ser apenas "massa de manobra" na mão de "líderes" insensatos.
Recentemente vimos declarações de milhares de estudantes que estão decepcionados com o rumo que tomou a UNE, outrora uma entidade respeitável, com um passado impecável, ora mero aparelho do poder atual. Muito triste ver o que aconteceu com a UNE. Pois foram organizadas diversas associações de descontentes que não aceitam mais ser representados por uma organização liderada por um "estudante profissional"!
A luta dos professores é mais do que justa, precisam de bons salários, de reconhecimento e dignidade em suas profissões. E exatamente pela condição de mestres não deveriam infringir a lei, realizando ato em lugar incompatível, ferindo o direito de terceiros, com risco à saúde dos doentes que estavam no local. Assim, perdem a simpatia popular e a razão.
Fui professora em toda a minha vida profissional, dentro da sala de aula, desde o nível da antiga escola primária pública até o universitário. Quase quarenta anos sem interrupções! Na foto sou eu, em 2003, com os alunos, no Núcleo de Prática Jurídica, onde fui professora-orientadora.
Diana Esnero
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