Acordar ao teu lado, bem antes de ti, contemplar o teu dormir, captar cada instante de tua respiração, o arfar de seu peito, ver teu corpo tão descuidado e solto, perceber que há um leve sorriso em tua expressão. Com o que sonhas, meu amor? Faço poucos movimentos, medrosa, apenas os necessários, eu quero prolongar ao máximo o meu prazer de estar vivendo esse momento tão simples e tão intenso do teu doce abandono em meus braços. Fico feliz ao constatar que dormes como um menino, totalmente relaxado, entregue ao descanso sem qualquer receio ou apreensão. Não há um só músculo tensionado, a tua expressão corporal é de paz e confiança...
Na vida, quando temos esses acontecimentos de forma habitual, não temos o costume de pensar ou refletir e até mesmo nos aborrecemos e somos bruscos ao levantar de um abraço. E talvez seja esse mesmo o mistério! Fatos e momentos que, por algum motivo, não podem se perpetuar diariamente ou com a constância habitual que gostaríamos, são ansiosamente aguardados e como presentes esperados em grandes celebrações. Mas qual a maior celebração senão a vida vivida em amor?
Ao dormirmos estávamos exaustos e felizes. Olho com um pouco de tristeza para o relógio e sei que agora devo te despertar. Um novo dia começa e com ele suas alegrias e temores. No entanto minhas retinas estão nesse momento impregnadas de ti querendo aprisionar a tua presença como imagem a fim de que eu sim, agora possa despertar!
Diana Esnero
Nenhum comentário:
Postar um comentário