“Depois que se
aprende ou sei lá, se acostuma a viver intensamente, com as emoções crispadas,
em borbotões, fica difícil diminuir, retroceder a um lugar desconhecido de
excessiva parada e reflexões. Tenho saudades dos lugares em que fui, mas não
estava lá. Sim, hoje não sei mais se era sonho, pura imaginação, vontade ou
delírio. Eu realmente estava lá, era eu mesmo? Onde está aquela
menina/moça/mulher que jamais se ausentou de mim e que teima em irromper com
uma vontade avassaladora contra essa que sou, mas não sou? Aquela que se recusa a
aceitar uma maturidade chata e cansativa, que não combina com as paixões e
guerras mentais jamais abandonadas por qual parte específica dessa
complexa mulher. Que espelho, que nada, não o olho mais com atenção, revolto-me
com sua ignorância de mim, do que sinto por inteiro. Divagações, pequenas, que
começo a fazer. Terão respostas?”
Diana Esnero
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