Divagações
O amor que chega de visita e não faz morada,
esse eu não quero e o dispenso em suas ilusórias emoções.
As chegadas, por mais auspiciosas e estimulantes que sejam,
não compensam as dores e os lamentos do abandono.
O calor da paixão me deixa em êxtase, acende os meus dias e noites,
espanta para bem longe a costumeira e penosa solidão,
a tal companheira da idade madura e das seleções rigorosas.
No entanto, os preços a serem pagos são altos demais.
E isso se explica pelas vias tolas que habitam nossa razão,
e que nos momentos de ilusão teimam em nos obscurecer.
Por todas essas coisas, permanecem as eternas dúvidas e alertas,
os embates entre a consciência e a doce embriaguez dos sentidos.
Um amor sincero e bem cuidado a ser protegido?
Ou a louca e prazeirosa entrega dos sentidos ao sinal da química perfeita?
São tantas e variadas as opções de vida e traçados de caminhos,
histórias construídas ou não, presentes de algum instante marcado em brasa ou não.
Somos sérios? Somos tolos? Em cada questão, uma plêiade de ideias e divagações.
E será que alguém consegue de forma sensata e objetiva discernir em si mesmo a resposta?
Diana Esnero
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